Em um período de apenas um ano, aproximadamente 1.308 propriedades rurais atendidas pelo Senar Mato Grosso do Sul contribuíram positivamente para o indicador ESG (Ambiental, Social e de Governança). O trabalho realizado pela Assistência Técnica e Gerencial avaliou critérios como práticas ambientais, responsabilidade social e governança em propriedades rurais. O questionário abordou vários aspectos, como o fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), treinamento de funcionários, destinação de resíduos, regularização, condições de alojamentos, armazenamento de agroquímicos, entre outros.
Segundo Stephan Alexander, analista técnico do Senar/MS, essa ação permite que os produtores rurais se atualizem e adotem as normas e legislações vigentes, melhorando o ambiente de trabalho e mantendo uma imagem positiva de suas propriedades e da cadeia produtiva. Com base nos resultados obtidos, a orientação é que os produtores mantenham as boas práticas e busquem melhorias nos aspectos que ainda podem avançar.
Além disso, a Unidade Educacional, responsável pela Formação Profissional Rural (FPR) e Promoção Social (PS), implantou o conceito de accountability (responsabilidade), que engloba práticas para aprimorar a gestão e a produtividade. Outro exemplo das premissas ESG é o Programa Sociemocional, que visa desenvolver habilidades de inteligência emocional, principalmente entre o público jovem, por meio de abordagens contextualizadas e contemporâneas.
Lucas Garcia, gerente educacional do Senar/MS, destaca a ampliação do acompanhamento na execução do plano de treinamento, otimizando o atendimento com cursos e treinamentos. Ele ressalta ainda que o departamento promove discussões sobre educação ambiental e implementa estratégias para melhorar a entrega ao público-alvo.
O conceito ESG permeia todos os setores e faz parte da realidade e rotina dos colaboradores. Ao adquirir mobiliários, os fornecedores devem apresentar certificados de que a matéria-prima provém de manejo florestal responsável ou reflorestamento. Na gestão de resíduos sólidos das obras, os prestadores devem seguir critérios ambientais e sanitários para o descarte adequado dos materiais.
No segundo semestre do ano passado, o Centro de Excelência em Bovinocultura de Corte implantou uma usina fotovoltaica, adotando práticas de uso de energias sustentáveis e renováveis. A água captada é armazenada em um reservatório com capacidade para 160 mil litros e é utilizada para abastecer um tanque de piscicultura, com finalidade pedagógica, e para a irrigação do Campo de Excelência, completando assim o ciclo da água.