Em recente levantamento divulgado pelo Monitor de Secas, projeto coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), a seca em Mato Grosso do Sul se intensificou entre dezembro de 2023 e janeiro deste ano. Além do Estado, o território de Goiás também aparece em condições semelhantes. Já no Distrito Federal, também situado no Centro-Oeste brasileiro, o fenômeno foi mais ameno. Em Mato Grosso a intensidade diminuiu com a redução da área com seca moderada de 67% para 60% do Estado.
O Monitor indica que, no período citado acima, Mato Grosso do Sul entrou em termos de severidade da seca, aumentando o índice de 12% para 14% na região. Enquanto a área com seca grave aumentou de 2% para 9% do território goiano, a área com seca moderada subiu de 9% para 17% do território sul-mato-grossense.
Mesmo em condições maiores de estiagem, o período de seca em Goiás foi o menor em janeiro de toda a região central brasileira. A última atualização do monitoramento ainda mostra que no Distrito Federal (100%), Goiás (100%), Mato Grosso (99%) e Mato Grosso do Sul (75%) a área total com seca se manteve estável entre dezembro e janeiro. Com isso, o Centro-Oeste permaneceu com o registro do fenômeno em 94% de seu território nesse período. Tal percentual foi o maior entre as cinco regiões monitoradas em janeiro.
Divulgação/ANA
Tabela mostra áreas e resume percentual de seca nos estados da região central do País
Cenário nacional
Na comparação entre dezembro passado e janeiro deste ano, quatro Estados registraram diminuição da área com seca, sendo eles: Amapá, Bahia, Pará e Piauí. Por outro lado, em Minas Gerais e São Paulo houve o aumento da área com o fenômeno. Em outras 18 unidades da Federação, a área com o fenômeno se manteve estável: Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins. Já no Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina permaneceram sem o registro de seca em janeiro.
Doze unidades da Federação registraram seca em 100% do território em janeiro deste ano, sendo eles: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins. Para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação que registraram área com seca, os percentuais variaram de 23% a 98%.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de janeiro, seguido por Pará, Mato Grosso, Bahia e Minas Gerais. No total, entre dezembro e janeiro, a área com o fenômeno caiu de 7,35 milhões para 7,21 milhões de quilômetros quadrados, o equivalente a 85% do território brasileiro.
Divulgação/ANA
As cores do gráfico indicam as regiões Centro-Oeste (preto), Sudeste (azul) , Nordeste (verde), Sul (azul claro) e Norte (cinza).
Em Mato Grosso do Sul o Monitor de Secas conta com as informações da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) e do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos Estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 26 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido, sendo que o processo de expansão dessa iniciativa foi concl