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Exportações de MS chegam a US$ 2 bilhões no 1º trimestre puxadas por soja, celulose, milho e carnes

As exportações de Mato Grosso do Sul fecharam o primeiro trimestre de 2023 com um acumulado de US$ 2 bilhões, impulsionadas pelas vendas externas de soja e seus subprodutos, de celulose, milho e de carnes bovina e de aves. O superávit na balança comercial sul-mato-grossense no período alcançou US$ 1,251 bilhão, valor 3,76% superior ao verificado no primeiro trimestre de 2022.

As informações estão na Carta de Conjuntura do Setor Externo do mês de março, divulgada nesta segunda-feira (10) pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

“Quando se aumentam as atividades e exportações dos nossos produtos, conseguimos ver o surgimento de novas oportunidades. Com uma economia pujante, Mato Grosso do Sul cresce com mais empregos e renda e o trabalho do Estado para incluir as pessoas nesse mercado, com qualificação e oportunidade para seguir se desenvolvimento”, afirma o governador Eduardo Riedel

Já o titular da Semadesc, Jaime Verruck, comenta que “os dados indicam o crescimento do comércio internacional de Mato Grosso do Sul, tanto das exportações como também das importações, resultando em saldos maiores e robustos quando comparamos com o mesmo período do ano passado. Tal cenário se desenha puxado pelo milho e açúcar, principalmente, com expressiva variação em relação ao ano passado”.

Com relação aos principais produtos comercializados com o exterior, a soja aparece como o primeiro produto na pauta, representando 24,9% do total exportado em termos de valor, seguido da celulose, com 18,88% de participação; milho (16,71%); carne bovina (11,31%); farelo de soja (7,05%) e carne de aves (4,31%).

Há de se dar destaque também para produtos como os açúcares e melaços, com crescimento de 333,25% nas exportações no primeiro trimestre de 2023, além do ferro gusa (alta de 94,52%) e do minério de ferro e seus concentrados, que aumentou as vendas externas em 85,42% no período, números todos bastante expressivos.

Fator China

O secretário Verruck destaca o impacto das restrições da China sobre as exportações de carne bovina de Mato Grosso do Sul. “Daí vem essa queda da nossa carne bovina no mercado chinês. Se olharmos as exportações totais para China caíram também e isso é um impacto das restrições que a China fez em relação a exportação”.

Ainda assim, a China segue como o principal destino das exportações de Mato Grosso do Sul, representando 35,28% das vendas externas do Estado, sendo seguida pelo Japão (7,69% do total no primeiro trimestre de 2023 e crescimento de 329,96%), pelos Estados Unidos (7,66%) e pela Argentina (5,09% e aumento de 633,25% no período).

Porta de saída

O escoamento dos produtos sul-mato-grossense exportados ficou concentrado no Porto de Paranaguá (PR), com 38,75%, seguido pelo Porto de Santos (SP) com 26,84%. “Registramos um aumento de 4,42% nos valores exportados pelos principais portos neste primeiro trimestre de 2023. Além disso, também registramos movimentação no terminal portuário de Porto Murtinho, que escoou 132 mil toneladas nesse período”, acrescenta Jaime.

Já o principal município exportador no período de janeiro a março de 2023 foi Três Lagoas, com cerca de 31,59% dos valores exportados, baseado no setor de papel e celulose. A liderança da cidade do leste do Estado vem se consolidando há tempos.

Marcelo Armôa, Comunicação Semadesc
Foto: Chico Ribeiro/Arquivo

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