Repetindo os dias anteriores, o volume de negócios no mercado físico do boi gordo seguiu em ritmo lento nesta semana, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário brasileiro.
Diante do baixo interesse de compra de boiadas gordas, os preços do boi gordo recuaram em algumas importantes praças do País, relata a S&P Global Commodity Insights.
“Embora a oferta de boiada gorda tenha sofrido retração nas últimas semanas, paralelamente, boa parte das unidades frigoríficas reduziram os abates diários e realocaram as programações”, observa a consultoria, que acrescenta: “A estratégia é frear a produção e, assim, esvaziar os estoques nas câmaras frias”.
Neste contexto, diz a S&P Global, até mesmo as plantas industriais com escalas formadas para uma semana não demonstram grande interesse pela aquisição de animais terminados, colaborando para uma maior lentidão no volume de negócios.
Segundo os analistas, alguns frigoríficos de grande porte estão se valendo de oferta de boiada oriunda de confinamentos próprios, o que diminuiu ainda mais a procura por bovinos gordos no mercado físico.
Pelo lado da oferta, continua a S&P Global, alguns pecuaristas estão liquidando os seus lotes remanescentes, temendo uma queda ainda mais drástica da arroba no curto prazo.
De acordo com dados apurados pela Scot Consultoria, nas praças paulistas, as cotações do boi destinado ao mercado interno e da novilha recuaram R$ 5/@ nesta quarta-feira.
Com isso, a arroba do boi gordo paulista está sendo negociada em R$ 215, a da vaca em R$ 200 e a da novilha em R$ 210 (preços brutos e a prazo), informa a Scot.
A cotação do “boi-China” está em R$ 225/@, no prazo, valor bruto – um ágio de R$ 10/@ sobre o animal “comum”.
No atacado, as quedas nos preços dos cortes registradas nas semanas anteriores não foram suficientes de gerar maior liquidez.“As unidades frigoríficas continuam alegando dificuldade de escoamento e possuir estoques elevados”, ressalta a S&P Global.
Porém, continua a consultoria, é possível que o aumento dos embarques de carne bovina observado nas primeiras semanas de agosto/23 possa auxiliar no enxugamento dos estoques.
Na B3, a pressão baixista persistiu, com os contratos futuros do boi gordo renovando as mínimas em mais de três anos.
“A ausência de melhores perspectivas para o consumo de carne bovina tem impactado nos valores futuros”, justifica a S&P Global.
SP-Noroeste:
boi a R$ 222/@ (prazo)
vaca a R$ 207/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 215/@ (à vista)
vaca a R$ 202/@ (à vista)
MS-C.Grande:
boi a R$ 217/@ (prazo)
vaca a R$ 204/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 197/@ (prazo)
vaca a R$ 177/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 195/@ (à vista)
vaca a R$ 175/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 195/@ (à vista)
vaca a R$ 175/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 202/@ (prazo)
vaca R$ 192/@ (prazo)
GO-Sul:
boi a R$ 202/@ (prazo)
vaca a R$ 187/@ (prazo)