AGRO NOTÍCIAS

Boi gordo: movimento de alta perde fôlego nas praças brasileiras

Nesta semana o volume de negócios no mercado físico do boi gordo seguiu bastante lento, refletindo o baixo interesse dos pecuaristas em efetuar novas vendas a valores abaixo das máximas vigentes, além das escalas de abate mais confortáveis em grande parte dos frigoríficos compradores, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.

Além disso, dizem os analistas da S&P Global Commodity Insights, a semana mais curta, devido ao feriado da Páscoa (sexta-feira, 7/4), aponta para uma baixa liquidez do mercado do boi, já que boa parte das indústrias saíram das compras após o avanço das escalas de abate, capazes de atender minimamente os compromissos de curtíssimo prazo.

Por sua vez, continua a consultoria, a oferta de animais disponíveis para abate continua restrita, uma vez que muitos pecuaristas continuam se valendo da qualidade da pastagem para reter lotes e barganhar preços melhores.

Neste contexto, diz a S&P Global Commodity Insights, a pressão de baixa do boi gordo persiste, porém, como os negócios efetivos são enxutos, os preços da arroba permanecem estáveis na maioria das praças brasileiras.

Segundo apurou a Scot Consultoria, nas regiões pecuárias de São Paulo, as escalas de abate das indústrias locais estão confortáveis e, com isso, os frigoríficos só devem voltar mais fortemente aos negócios na próxima semana.

Com isso, a referência para boi gordo paulista continua em R$ 285/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 257/@ e R$ 275/@ (preços brutos e a prazo), respectivamente, conforme os dados da Scot.

Segundo a S&P Global Commodity Insights, as indústrias exportadoras brasileiras encontram grandes dificuldades em emplacar preços a carne brasileira in natura em níveis maiores aos US$ 5.000 por tonelada.

Tal comportamento nas cotações, diz a S&P Global, faz com que muitos frigoríficos optem em trabalhar com mais cautela, já que, neste momento, o consumo doméstico de carne bovina não possui fôlego suficiente para absorver a produção nacional.

Na visão da consultoria, a queda de braço (pelo melhor preço do boi gordo) entre pecuaristas e indústrias brasileiras deve continuar ao longo de abril/23.

SP-Noroeste:
boi a R$ 298/@ (prazo)
vaca a R$ 261/@ (prazo)

MS-Dourados:
boi a R$ 274/@ (à vista)
vaca a R$ 249/@ (à vista)

MS-C.Grande:
boi a R$ 276/@ (prazo)
vaca a R$ 251/@ (prazo)

MT-Cáceres:
boi a R$ 256/@ (prazo)
vaca a R$ 231/@ (prazo)

MT-Cuiabá:
boi a R$ 259/@ (à vista)
vaca a R$ 229/@ (à vista)

MT-Colíder:
boi a R$ 246/@ (à vista)
vaca a R$ 221/@ (à vista)

Deixe seu comentário

Your email address will not be published.

Notícias Relacionadas