Com aproximadamente 10 mil propriedades rurais monitoradoras como parte do programa ‘Campo Mais Seguro’, o trabalho do Batalhão de Polícia Militar Rural permite a padronização de protocolos e ações, e com isso tem conseguido êxito em diversas operações, evitando crimes de abigeato – roubo de gado –, e ainda efetuando prisões de envolvidos em outros tipos de roubo, furto e crimes diversos nas propriedades rurais.
O trabalho teve início há dois anos, e no fim de 2023 o programa foi reestruturado, em dois anos de operações, foram realizadas mais de 33,2 mil ações preventivas nas propriedades. De acordo com as informações da Sejusp (Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública) o monitoramento é realizado em tempo real na sala de comando e controle em Campo Grande, permitindo a troca constante de informações com as equipes em campo, o que facilita a prisão de criminosos. Recentemente, dois crimes foram solucionados e os envolvidos presos em Corumbá e São Gabriel do Oeste.
“Nossa forma de atuação foi padronizada, com protocolos e a mesma conduta. Estamos em aproximadamente 10 mil propriedades rurais, que são monitoradas, em todo o Estado. Temos os dados, inclusive fotos, e tudo fica salvo em um aplicativo de georreferenciamento, com as coordenadas geográficas, o que facilita o planejamento operacional”, segundo o tenente-coronel Maurício Pavão, comandante do policiamento rural no Estado.
Em uma situação de emergência, caso ocorra algum crime em uma das fazendas monitoradas, a polícia do município recebe informações precisas sobre a localização da propriedade. “A equipe recebe fotos de como chegar na fazenda, dos funcionários, e caso tenha alguém estranho coagindo os moradores, é mais fácil de identificar”, afirmou Pavão.
As propriedades monitoradas são identificadas por meio de uma placa, e o cadastro oferece todas as informações necessárias, além da localização, contatos, foto dos proprietários e funcionários, especificação dos animais, maquinários e demais itens. Também é organizada uma rede de informações e alerta entre os vizinhos. “Por meio da ‘rede de vizinhos em alerta’ existem grupos de mensagens e nossos policiais fazem parte. Em caso de suspeita, pode ser usado este recurso para comunicar da situação de risco”, finaliza.