O mercado físico do boi gordo segue firme e recuperando terreno nas cotações da arroba, informam as consultorias Agrifatto e Scot, que acompanham diariamente o setor pecuário.
“A forma de ação dos frigoríficos não mudou e continua sendo cautelosa, adquirindo apenas o suficiente para manter as programações controladas em dez dias, na média nacional”, relatam os analistas da Agrifatto.
Essa estratégia da indústria, continua a consultoria, reflete a tentativa de equilibrar oferta e demanda, evitando situações que possam pressionar os preços para cima.
Por outro lado, vários fatores econômicos têm contribuído para a firmeza nas cotações do animal terminado, acrescentam os analistas.
O pagamento dos salários de junho/24 favorece o consumo interno, enquanto o câmbio atual (com o dólar forte sobre o real) continua impulsionando o crescimento das exportações de carne bovina.
“Esse viés de alta pode se manter ao menos até a primeira quinzena de agosto”, acreditam os analistas da Agrifatto.
Nesta sexta-feira (5/7), pelos dados da Agrifatto, o preço médio da arroba do boi gordo (entre o animal “comum” e o “boi-China) continuou em R$ 225 em São Paulo. Nas demais regiões cobertas pela Agrifatto (16 praças), a média também se estabilizou em R$ 213/@.
“Pelo terceiro dia consecutivo, todas as 17 praças acompanhadas mantiveram as suas cotações laterais”, ressalta a Agrifatto.
Segundo dados da Scot Consultoria, após a alta registrada na quinta-feira (4/7), o valor da arroba da vaca ficou estável nesta sexta-feira (mercado paulista), bem como as outras categorias de abate.
Dessa maneira, as cotações estão em R$ 220,00/@ para o boi, R$197,00/@ para a vaca e R$212,00/@ para a novilha. O “boi-China” está sendo negociado em R$225,00/@, um ágio de R$5,00/@, informa a Scot.
Embarques
Durante o mês de junho/24 foram exportadas 192,6 mil toneladas de carne bovina in natura, representando um volume 9,1% inferior ao computado em maio/24.
A China continuou sendo de longe o maior comprador do mês, adquirindo 91,4 mil toneladas, 6,6% a menos que o observado em maio/24. O segundo maior destino das exportações em junho/24 foi o Estados Unidos, com 17,5 mil toneladas.
No mercado futuro, os contratos experimentaram mais um dia em baixa na quinta-feira (4/7). O contrato com vencimento para julho/24 fechou o dia cotado a R$ 232,90/@, uma queda de 0,34% em relação ao dia anterior.
Por sua vez, o papel com vencimento em outubro/24 foi negociado a R$243,65/@, com desvalorização diária de 0,45%.
Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto:
São Paulo — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$225,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$212,00. Escalas de abates de doze dias;
Minas Gerais — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de doze dias;
Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$217,00 a arroba. O “boi China”, R$217,00. Média de R$217,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de oito dias;
Mato Grosso — O “boi comum” vale R$206,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$208,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de onze dias;
Tocantins — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$208,00. Média de R$204,00. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de onze dias;
Pará — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$ 208,00. Média de R$204,00. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de catorze dias;
Goiás — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de oito dia;